quarta-feira, 30 de março de 2011

DENOTAÇÃO, CONOTAÇÃO E AMBIGUIDADE NA CONSTRUÇÃO DO TEXTO

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Análise lingüística
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise lingüística: processos de construção de significação
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise lingüística: léxico e redes semânticas
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Análise lingüística

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula
Compreender os conceitos de denotação e conotação e observar o papel da ambiguidade na construção dos sentidos dos textos.
Duração das atividades
5 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Habilidades básicas de leitura e escrita
Estratégias e recursos da aula

Aula 1

A) Professor, leve as músicas "Se", do cantor Djavan, "A Cura", do cantor Lulu Santos, "Mina do Condomínio", do cantor Seu. Jorge, e "Pais e Filhos", do Legião Urbana, para os alunos ouvirem. Entregue a eles as letras das músicas para que acompanhem durante a audições.
Link para baixar as músicas:
Links para acessar as letras:
B) Divida a turma em 4 grupos e peça que escolham uma das músicas apresentadas para trabalharem. Solicite que cada grupo releia as letras das músicas selecionadas e marquem alguns trechos em que as palavras foram usadas no mesmo sentido encontrado no dicionário e alguns trechos em que as palavras foram usadas com sentido diferente do dicionário.
C) Leve os alunos para o laboratório de informática e solicite que pesquisem os conceitos de DENOTAÇÃO e CONOTAÇÃO e façam algumas anotações. Delimite o tempo para essa pesquisa (Sugestão: 5 a 10 minutos).
D) Após a pesquisa, peça que os grupos reúnam-se e marquem nas letras das músicas alguns trechos com sentido denotativo e alguns com sentido conotativo. Esclareça que na próxima aula os grupos apresentarão o resultado de suas pesquisas para o restante da turma. Na apresentação eles deverão demonstrar os trechos destacados e explicar o motivo de terem atribuído a esses trechos os conceitos de denotativos ou conotativos.

Aula 2

E) Antes da apresentação das pesquisas, proponha uma nova reunião dos grupos para que seja feita uma revisão do que vão apresentar. Ofereça ajuda aos alunos e vá passando nos grupos fazendo uma revisão dos trabalhos, esclarecendo as dúvidas que notar.
F) Após a revisão, peça aos grupos que apresentem para a turma os resultados de suas pesquisas. Durante as apresentações você pode incitar o restante da turma a participar das apresentações dos colegas com perguntas como: "Todos concordam com o que o grupo apresentou?" ; "O que prevalece nesta música, a denotação ou a conotação?" e "O que é mais fácil para a compreensão, quando prevalece a denotação ou a conotação?".

Aula 3

G) Professor, entregue aos alunos os textos abaixo.

Texto I:

O rio
Sempre sonhando rumo ao mar,
como uma canção de prata,
vai cantando em seus cristais
desde a noite até a alvorada;
vem carregado de pássaros,
vem cheirando à montanha,
sempre sonhando rumo ao mar,
caminho que nunca acaba.
(Cesáreo Rosa-Nieves. In: Poemas com sol e sons – Poesia latino-americana para meninas e meninos. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 56.)

Texto II:

A bacia hidrográfica do São Francisco
O rio principal é o São Francisco, que tem o apelido de Velho Chico. Ele nasce em Minas Gerais e percorre 3.160 quilômetros, passando pela Bahia, por Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
O São Francisco é muito importante na economia do Nordeste. Ele permite a agricultura em suas margens e sua água é também usada para irrigar terras distantes. Além disso, abriga as usinas hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso. Entre os afluentes estão os rios Carinhanha e Pardo.
(Almanaque Recreio. São Paulo: Abril, 2003. p.74.)
H)Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto.
Em seguida, peça que cada aluno leia uma parte em voz alta.
I) Após a leitura, discuta com os alunos as questões abaixo:
  • Que semelhanças podemos apontar entre os dois textos? ·
  • E que diferenças?
  • Qual texto traz informações objetivas?
  • Qual texto deixa transparecer certa emoção?
J) Professor, leve os alunos a perceberem as diferenças na linguagem utilizada nos dois textos. Esclareça que, enquanto no texto II foram empregadas palavras em sentido próprio, que consta no dicionário, o texto I atribui ao rio ações próprias de seres humanos (sonhar, cantar). Passe para eles os conceitos de denotação e conotação:
Quando a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no dicionário) dizemos que foi empregada denotativamente. Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente, este recurso é muito explorado na Literatura.

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/denotacao-conotacao.htm
K) Apresente aos alunos a imagem abaixo:

Fonte: CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática: texto, reflexão e uso. São Paulo: Atual, 2008.
L) Esclareça que esse é um texto publicitário das sandálias Havaianas e peça que observem atentamente a linguagem verbal e não verbal do texto.
M) Estimulando a oralidade e a participação dos alunos, proponha as questões abaixo que deverão ser feitas oralmente. (Se achar conveniente, construa as respostas com os alunos e peça que as anotem no caderno).
  • Observando atentamente o anúncio, podemos perceber que a expressão “está cheio de dedos” pode assumir dois sentidos.
  • Qual o sentido denotativo dessa expressão? E qual o conotativo?
  • A seu ver, essa duplicidade de sentidos atrapalhou o entendimento do texto? Por quê?
  • Você acha que a duplicidade de sentidos foi proposital?
N) Professor, esclareça para os alunos que a duplicidade de sentidos que pode haver numa palavra, numa expressão ou num texto é chamada de ambiguidade. Explique que a ambiguidade pode funcionar como um recurso ou como um problema na construção dos textos.
O) Entregue aos alunos uma cópia dos textos e exercícios abaixo e peça que leiam e façam as atividades propostas.
Leia os textos abaixo e resolva as questões propostas:

Texto III

Fonte: http://aventurangola.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
Professor, esclareça para os alunos que no último quadrinho o verbo foi grafado conforme a fala da personagem "abri", mas na verdade seria "abre", no imperativo.
Exercícios:
1. No texto acima, a garota entendeu corretamente a mensagem do vendedor? Explique.
2. De que outra forma o vendedor poderia dizer para que a menina não entendesse errado?

Texto IV

Fonte: http://blogpaulaenis.wordpress.com/2009/09/25/pastel-de-1-real/
Exercícios:
3.Explique a ambiguidade presente no texto acima.
4. Reescreva o trecho ambíguo de forma a resolver a ambiguidade apresentada

P) Após dar tempo para os alunos fazerem, corrija os exercícios pedindo que os alunos leiam as respostas dadas por eles. Construa as respostas com as sugestões dos alunos e passe para que aqueles que queiram copiem.

Aula 4

Q) Entregue aos alunos uma cópia dos textos e exercícios abaixo:
Em textos humorísticos, é freqüente a interpretação de sentença ambígua (= duplo sentido) da maneira menos provável, desprezando-se muitas vezes os elementos contextuais que favoreceriam uma interpretação mais provável. Os textos abaixo se valem desse recurso para obter o efeito humorístico. Leia-os atentamente e responda ao que se pede.

Texto V

a) Um garoto pergunta para o outro:
- Você nasceu em Pelotas?
- Não, nasci inteiro.

Texto VI

b) -Doutor, já quebrei o braço em vários lugares.
- Se eu fosse o senhor, não voltava mais para esses lugares.

Texto VII

c) -Não deixe sua cadela entrar na minha casa de novo. Ela está cheia de pulgas.
-Diana, não entre nessa casa de novo. Ela está cheia de pulgas.

Texto VIII

d) O bêbado está no consultório e o médico diz:
- Eu não atendo bêbado.
- Então quando o senhor estiver bom eu volto - disse o bêbado.

Exercícios:
1.Explique o duplo sentido contido em cada uma das anedotas acima.
2.Escolha duas anedotas e reescreva-as de forma a impedir uma interpretação indevida.
R) Professor, peça que alguns alunos leiam as anedotas em voz alta e depois dê tempo para fazerem os exercícios. Corrija-os em voz alta pedindo aos alunos para darem suas respostas. Se julgar necessário, construa no quadro uma resposta para cada questão. Chame a atenção dos alunos para o fato de que ao reescreverem as anedotas tirando a ambiguidade existente, elas perdem o efeito de humor, pois o duplo sentido nesses casos é um recurso e não um problema.
S) Entregue aos alunos uma cópia dos textos e exercícios abaixo:
Leia o texto a seguir para responder às questões propostas.
Aquilo
- De uns tempos para cá, eu só penso naquilo.
- Eu penso naquilo desde os meus, sei lá, onze anos.
- Onze anos ?
- É. E o tempo todo.
- Não. Eu, antigamente, pensava pouco naquilo. Era uma coisa que não me preocupava. Claro que a gente convivia com aquilo desde cedo. Via acontecer à nossa volta, não podia ignorar. Mas não era, assim, uma preocupação constante. Como agora.
- Pra mim sempre foi. Aliás, eu não penso em outra coisa.
- Desde criança !?
- De dia e de noite.
- E como é que você conseguia viver com isso, desde criança ?
- Mas é uma coisa natural. Acho que todo mundo é assim. Você é que é anormal, se só começou a pensar naquilo nessa idade.
- Antes eu pensava, mas hoje é uma obsessão. Fico imaginando como será. O que eu vou sentir. Como será depois.
- Você se preocupa demais. Precisa relaxar. A coisa tem que acontecer naturalmente. Se você fica ansioso é pior. Aí sim, aquilo se torna uma angústia, em vez de um prazer.
- Um prazer ? Aquilo ?
- Pra você não sei. Pra mim, é o maior prazer que um homem pode ter. É quando o homem chega ao paraíso.
- Bom, se você acredita nisso, então pode pensar naquilo como um prazer. Pra mim é o fim.
- Você precisa de ajuda, rapaz.
- Ajuda religiosa ? Perdi a fé há muito tempo. Da última vez que falei com um padre a respeito, só o que ele me disse foi que eu devia rezar. Rezar muito, para poder enfrentar aquilo sem medo.
- Mas você foi procurar logo um padre ? Precisa de ajuda psiquiátrica. Talvez clínica, não sei. Ter pavor daquilo não é saudável.
- E eu não sei ? Eu queria ser como você. Viver com a perspectiva daquilo naturalmente, até alegremente. Ir para aquilo assoviando.
- Ah, vou. Assoviando e dando pulinho. Olhe, já sei o que eu vou fazer. Vou apresentar você a uma amiga minha. Ela vai tirar todo o seu medo.
- Sei. Uma dessas transcendentalistas.
- Não é daqui mesmo. Codinome Neca. Com ela é tiro e queda. Figurativamente falando, claro.
- Hein ?
- O quê ?
- Do que é que nós estamos falando?
- Do que é que você está falando?
- Daquilo. Da morte.
- Ah. - E você ?
- Esquece.
( Luis Fernando Veríssimo. Sexo na cabeça. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 107-8)
Exercícios:
  1. Explique a que se deve a ambiguidade presente no texto lido.
  2. A ambiguidade do texto é reforçada por várias situações, palavras e expressões. Que sentidos assume a expressão “chegar ao paraíso”?
  3. Você pode perceber que a ambiguidade pode gerar problemas de comunicação, como ocorreu no texto acima. Qual o motivo que levou o autor a demonstrar a ambiguidade em seu texto? Que efeito ele pretendia provocar no leitor?
T) Peça aos alunos que leiam o texto silenciosamente. Após a leitura silenciosa, leia você o texto em voz alta e esclareça as dúvidas de vocabulário que apresentarem. Dê tempo para fazerem os exercícios e logo após corrija-os.

Aula 5

U) Peça que os alunos sentem-se em duplas para fazer as atividades propostas abaixo. Distribua então uma cópias dos textos e exercícios. A proposta é que você oriente-os a entregar os exercícios para sua correção, mas você pode adaptar esta atividade de acordo com o que julgar melhor.
Alguns esclarecimentos sobre as imagens:
Em a) temos uma declaração que foi dada pela modelo para a revista Veja.
Em b) temos um outdoor de propaganda de plano funerário.
Em c) temos uma manchete publicada pelo jornal Folha de São Paulo.
Em d) temos uma propaganda do chocolate "Nhá Benta".
Em e) temos uma "paródia" de uma propaganda do Banco do Brasil (BB)
Em f) temos uma placa colocada na Praça da Liberdade em Belo Horizonte.
Exercícios:
  1. Nos textos apresentados abaixo podemos identificar a presença da ambiguidade. Sua tarefa é explicar o duplo sentido presente em cada texto e dizer se tal ambiguidade foi usada como recurso ou representa um problema para a interpretação do texto.
a)
http://veja.abril.com.br/120907/vejaessa.shtml
b)
http://www.filologia.org.br/vcnlf/anais%20v/foto1.jpg
c)
http://4.bp.blogspot.com/_RUC3ITd96Y8/Se898sr406I/AAAAAAAAAWA/prOJ7vmwv-Y/s400/Manchete+Folha+de+SP.JPG
d)
http://books.google.com.br/books?id=umEEAAAAMBAJ&pg=PT67&lpg=PT67&dq=voce+nunca+viu+tanta+delicia+junto&source=bl&ots=UBbz43Fl-1&sig=C30hfhpbbcHTRtSeuXa2KMSkPNc&hl=pt-BR&ei=F2_0S5r7LYSglAeJscibDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBUQ6AEwAA
e)
http://www.humortadela.com.br/humor/0/view.php?cnl=imagens&num=09146
f)
http://maciel.rogerio.sites.uol.com.br/outros/p1.jpg

















Recursos Complementares
Avaliação
Professor, divida a turma em grupos de 3 ou 4 alunos e proponha que pesquisem textos diversos em que a ambiguidade acontece, seja como recurso ou como um problema. Estimule-os a pesquisar em propagandas, piadas, placas, vídeos, etc e montar uma apresentação para a turma. Monte então um calendário de apresentação dos trabalhos.

Dados da Aula


O que o aluno poderá aprender com esta aula

  • Diferenciar sentido conotativo e denotativo;
  • reconhecer a denotação e a conotação em textos;
  • reconhecer o papel do sentido conotativo nas peças publicitárias.

Duração das atividades

04 aulas de 50 minutos cada

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

  • Figuras de linguagem;
  • análise de poema.

Estratégias e recursos da aula

ATIVIDADE 1
No laboratório de Informática, para iniciar a aula, o professor deverá mostrar aos alunos a seguinte imagem:
Jefferson e Yelson 

http://1.bp.blogspot.com/_icgpNyhuWsc/THx_RB0mccI/AAAAAAAAAGQ/UPZrUnEpz0M/s1600/engolindo+sapo.jpg
O professor deverá perguntar aos alunos:
  • O que vemos na imagem?
  • As pessoas costumam, literalmente, engolir sapos?
  • O que significa dizer: "Eu sempre engulo sapos"?
Em seguida, o professor deverá dividir a turma em grupos. Cada grupo receberá uma expressão do cotidiano e deverão fazer um desenho que o represente literalmente, assim como a imagem mostrada.
Sugerimos as seguintes expressões:

"Tirar o cavalinho da chuva".
"Só se vê bem com o coração".
"Pulga atrás da orelha"
"Está chovendo canivete".
"Eu sou um túmulo".
Após os alunos finalizarem a tarefa, cada grupo apresentará o desenho feito. Os outros grupos deverão adivinhar qual é a expressão representada e explicar o seu significado. Em seguida, o professor deverá mostrar aos alunos (projeção ou quadro de giz):

Quando usamos a palavra no sentido em que ela é habitualmente empregada, no sentido em que ela aparece no dicionário, dizemos que ela foi usada de forma denotativa.

Quando usamos a palavra com um sentido diferente que lhe é comum, dizemos que ela foi usada de forma conotativa.
O professor então projetará para os alunos, trechos de canções nacionais para que eles identifiquem se ali há linguagem denotativa ou conotativa. Os trechos são:

"O sol é o pé e a mão,
O sol é o pai e a mãe".
(Skank)

"Choram as rosas porque não quero estar aqui sem seu perfume".
(Bruno e Marrone)

"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça!
É ela, a menina que vem e que passa ..."
(Tom Jobim)

"Seus olhos são espelhos d'água."
(Patrícia Marx)

"Te dei o sol, te dei o mar pra ganhar seu coração".
(Luan Santana)

"Ela passou do meu lado 'oi, amor', eu lhe falei".
(Renato Russo)

"Você é luz, é raio, estrela e luar".
(Wando)

Depois de identificarem as linguagens conotativa e denotativa nas letras das canções, o professor poderá sugerir que os alunos, ainda em grupos, escolham uma canção da preferência do grupo, identifiquem os trechos com sentido denotativo e conotativo e apresentem para toda a turma.

ATIVIDADE 2
O professor deverá mostrar aos alunos a seguinte peça publicitária:

http://www.youtube.com/watch?v=4plQQOXq6M8

Em seguida, deverá escrever no quadro a frase que encerra o anúncio: "Você é essa Coca-Cola toda". O professor então deverá perguntar se essa frase está no sentido denotativo ou conotativo. Ele deverá lembrar os alunos de que a linguagem conotativa também é muito usada na publicidade. Feito isso, ele deverá mostrar aos alunos a seguinte peça publicitária:

http://www.youtube.com/watch?v=gDohR1bbuSI

Em seguida, o professor deverá comentar com os alunos o sentido conotativo da frase "Dê presentes que tocam" em relação às imagens do comercial.
Depois de analisar as duas peças, o professor deverá propor aos alunos que, em grupos, se organizem e pesquisem na Internet, revista, jornais, anúncios publicitários que utilizam a linguagem conotativa. Cada grupo deverá apresentar a peça analisada e discutir o efeito de sentido que o uso da linguagem conotativa provoca no anúncio.

ATIVIDADE 3
Como a linguagem conotativa é muito presente no texto literário, propomos uma atividade com o texto literário. Para iniciá-la, o professor deverá mostrar aos alunos o seguinte vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=g4U4AsFiUK0

O vídeo apresenta o poema "Os poemas", na voz de Mário Quintana. A seguir, apresentamos o poema escrito que será xerocopiado e entregue aos estudantes.

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro,
eles alçam vôo como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti ...
http://www.encantosepaixoes.com.br/poesia3852.htm

Em grupos, os alunos deverão ler o poema e identificar os trechos que apresentam linguagem conotativa. É importante o professor pedir a eles que sugiram uma possível interpretação para os trechos destacados.
Feito isso, o professor deverá entregar a cada grupo cópia de um poema de Cecília Meireles. Eles deverão ler o poema e analisá-lo por meio das seguintes questões:

  • Qual é a temática do poema?
  • Com relação a forma, o poema apresenta quantas estrofes e versos?
  • Há rimas? Como elas contribuem para a sonoridade do poema?
  • Em relação à linguagem conotativa, quais versos lhes chamou a atenção? Que leitura pode-se fazer desses versos?
Os poemas que sugerimos para a análise encontram-se no endereço: http://www.aindamelhor.com/poesia/poesias11-cecilia-meireles.php
Os alunos deverão apresentar sua atividade para toda a sala.

Recursos Complementares

http://www.youtube.com/watch?v=dB66QzAneLQ Vídeo da série Palavra Puxa Palavra (Denotação e Conotação)
http://acd.ufrj.br/~pead/tema04/denotacaoeconotacao.html Conceito e exemplos de conotação e denotação
http://www.youtube.com/watch?v=Xo8H1ZmwspM Canção de Sandy e Junior com bons exemplos de linguagem conotativa

Professor, nos sites acima você encontrará um vídeo e informações que muito contribuirão para ampliar sua aula.

Avaliação

  • Os alunos serão avaliados de acordo com a participação e envolvimento na execução das atividades. Durante a correção das atividades é importante observar se não há confusão na distinção dos termos. Durante a apresentação oral, os alunos devem usar vocabulário e postura corporal adequados.
Estes dois conceitos são muito fáceis de entender se lembrarmos que duas partes distintas, mas interdependentes, constituem o signo lingüístico: o significante ou plano da expressão - uma parte perceptível, constituída de sons - e o significado ou plano do conteúdo - a parte inteligível, o conceito. Por isto, numa palavra que ouvimos, percebemos um conjunto de sons ( o significante), que nos faz lembrar de um conceito (o significado).
A denotação é justamente o resultado da união existente entre o significante e o significado, ou entre o plano da expressão e o plano do conteúdo. A conotação resulta do acréscimo de outros significados paralelos ao significado de base da palavra, isto é, um outro plano de conteúdo pode ser combinado ao plano da expressão. Este outro plano de conteúdo reveste-se de impressões, valores afetivos e sociais, negativos ou positivos, reações psíquicas que um signo evoca.
Portanto, o sentido conotativo difere de uma cultura para outra, de uma classe social para outra, de uma época a outra. Por exemplo, as palavras senhora, esposa, mulher denotam praticamente a mesma coisa, mas têm conteúdos conotativos diversos, principalmente se pensarmos no prestígio que cada uma delas evoca.
Desta maneira, podemos dizer que os sentidos das palavras compreendem duas ordens: referencial ou denotativa e afetiva ou conotativa.
A palavra tem valor referencial ou denotativo quando é tomada no seu sentido usual ou literal, isto é, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à realidade palpável.
Denotação é a significação objetiva da palavra; é a palavra em "estado de dicionário"
Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, evocando outras idéias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.
Conotação é a significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades por associações que ela provoca
O quadro abaixo sintetiza as diferenças fundamentais entre denotação e conotação:
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
a) Exemplos de conotação e denotação (textos 1 e 2)
Para exemplificar, de maneira simples e clara, estes dois conceitos, vamos tomar a palavra cão: terá um sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino; terá um sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa sem caráter ou extremamente servil. (Otto M.Garcia, 1973)
Nas receitas abaixo, as palavras têm, na primeira, um sentido objetivo, explícito, constante; foram usadas denotativamente. Na segunda, apresentam múltiplos sentidos, foram usadas conotativamente. Observa-se que os verbos que ocorrem tanto em uma quanto em outra - dissolver, cortar, juntar, servir, retirar, reservar - são aqueles que costumam ocorrer nas receitas; entretanto, o que faz a diferença são as palavras com as quais os verbos combinam, combinações esperadas no texto 1, combinações inusitadas no texto 2.
TEXTO I
Bolo de arroz
3 xícaras de arroz
1 colher (sopa) de manteiga
1 gema
1 frango
1 cebola picada
1colher (sopa) de molho inglês
1colher (sopa) de farinha de trigo
1 xícara de creme de leite salsa picadinha
Prepare o arroz branco, bem solto.
Ao mesmo tempo, faça o frango ao molho, bem temperado e saboroso.
Quando pronto, retire os pedaços, desosse e desfie. Reserve.
Quando o arroz estiver pronto, junte a gema, a manteiga, coloque numa forma de buraco e leve ao forno.
No caldo que sobrou do frango, junte a cebola, o molho inglês, a farinha de trigo e leve ao fogo para engrossar.
Retire do fogo e junte o creme de leite.
Vire o arroz, já assado, num prato.
Coloque o frango no meio e despeje por cima o molho.
Sirva quente.
(Terezinha Terra)
TEXTO II
Receita
Ingredientes
2 conflitos de gerações
4 esperanças perdidas
3 litros de sangue fervido
5 sonhos eróticos
2 canções dos beatles
Modo de preparar
Dissolva os sonhos eróticos
nos dois litros de sangue fervido
e deixe gelar seu coração.
Leve a mistura ao fogo,
adicionando dois conflitos
de gerações às esperanças perdidas.
Corte tudo em pedacinhos
e repita com as canções dos
beatles o mesmo processo usado
com os sonhos eróticos, mas desta
vez deixe ferver um pouco mais e
mexa até dissolver.
Parte do sangue pode ser
substituído por suco de
groselha, mas os resultados
não serão os mesmos.
Sirva o poema simples
ou com ilusões.
(Nicolas Behr)
b) Exemplo de texto denotativo (texto 3)
Os textos informativos (científicos e jornalísticos), por serem, em geral, objetivos, prendem-se ao sentido denotativo das palavras. Vejamos o texto abaixo, em que a linguagem está estruturada em expressões comuns, com um sentido único.
Texto 3 - texto técnico-científico
Canibalismo entre insetos
Seres que nascem na cabeça de outros e que consomem progressivamente o corpo destes até aniquilá-los, ao atingir o estágio adulto. ... Esse é um enredo que mais parece de ficção científica. No entanto, acontece desde a pré-história, tendo como protagonistas as vespas de certas espécies e as paquinhas, e é um exemplo da curiosa relação dos ‘inimigos naturais’, aproveitada pelo homem no controle biológico de pragas, para substituir com muitas vantagens os inseticidas químicos.
(Revista Ciência Hoje, nº 104, outubro de 1994, Rio, SBPC)

c) Exemplo de texto conotativo (texto 4)
Além dos poetas, os humoristas e os publicitários fazem um amplo uso das palavras no seu sentido conotativo, o que contribui para que os anúncios despertem a atenção dos prováveis consumidores e para que o dito humorístico atinja o seu objetivo de fazer rir, às vezes até com uma certa dose de ironia.
Por exemplo, na propaganda de um ‘shopping’, foi usada a seguinte frase:
Texto 4 - propaganda
O Rio Design Center acaba de ganhar um novo piso.
Marmoleum
o piso natural
(Revista Veja Rio, maio/junho,96)
O anúncio tem aí um duplo sentido, pois transmite duas informações:
  1. o Rio Design Center ganhou uma nova loja - PAVIMENTO SUPERIOR -onde estão à venda pisos especiais;
  2. nesta loja é possível encontrar o material para piso, importado da Holanda, que se chama Marmoleum.
Na frase que fecha o anúncio, desfaz-se a ambigüidade: "Venha até a (ao invés de o) Pavimento Superior e confira esta e outras novidades de revestimentos para pisos". Mas a frase de abertura faz pensar em outros sentidos: o centro comercial ganhou um novo andar, um novo pavimento, ou ganhou um revestimento novo em todo o seu piso, em todo o seu chão.
d) Exemplo de conotação
Os provérbios ou ditos populares são também um outro exemplo de exploração da linguagem no seu uso conotativo. Assim, "Quem está na chuva é para se molhar" equivale a "/Quando alguém opta por uma determinada experiência, deve assumir todas as regras e conseqüências decorrentes dessa experiência". Do mesmo modo, "Casa de ferreiro, espeto de pau" significa O que a pessoa faz fora de casa, para os outros, não faz em casa, para si mesma.
A respeito de conotação, Othon M. Garcia (1973) observa: "Conotação implica, portanto, em relação à coisa designada, um estado de espírito, uma opinião, um juízo, um sentimento, que variam conforme a experiência, o temperamento, a sensibilidade, a cultura e os hábitos do falante ou ouvinte, do autor ou leitor. Conotação é, assim, uma espécie de emanação semântica, possível graças à faculdade que nos permite relacionar coisas análogas ou semelhadas. Esse é, em essência, o traço característico do processo metafórico, pois metaforização é conotação".

Denotação e Conotação

1- Denotação e Conotação
A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos:
A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.

No primeiro exemplo, a palavra carasignifica "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".
Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja:
Marcos quebrou a cara.
Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu.
Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades:
a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.
b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo- ou conotação do signo linguístico.
Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de afetividade e expressividade.







domingo, 27 de março de 2011

ü  Propriedades físicas e químicas da água

Uma característica incomum da água é a sua dilatação anômala. Ela se contrai com a queda de temperatura, mas a partir de 4°C recomeça a se expandir, voltando a se contrair após sua solidificação. Isso explica porque a água congela primeiro na superfície, pois a água que atinge a temperatura de 0 °C se torna menos densa que a água a 4 °C, consequentemente ficando na superfície. Esse fenômeno também é importante para a manutenção da vida nas águas frias, pois faz com que a água a 4 °C fique no fundo e mantenha mais aquecidas as criaturas que ali vivem.

Cerca de dois terços da superfície da Terra está coberta por água. Os cinco oceanos contêm 97,2% da água do planeta. O aglomerado de gelo do Antártico (região mais a sul do globo) contém cerca de 90% de toda a água potável existente no planeta. A água em forma de vapor pode ser vista nas nuvens, contribuindo para o albedo da Terra.

A água possui muitas propriedades incomuns que são críticas para a vida, nomeadamene é um excelente solvente e possui alta tensão superficial (0,07198 N m-1 a 25 °C). A água pura tem sua maior densidade a 3,984°C (999,972 kg/m³) e tem valores de densidade menor ao arrefecer que ao aquecer. Por ser uma substância estável na atmosfera, desempenha um papel importante como absorvente da radiação infravermelha, crucial na atenuação do efeito estufa da atmosfera. A água também possui um calor específico peculiarmente alto (75,327 J mol-1 K-1 a 25 °C), que desempenha um importante papel na regulação do clima global.

A água dissolve vários tipos de substâncias polares e iônicas, como sais e açúcares, facilitando as interações químicas entre as diferentes substâncias fora e dentro dos organismos vivos, principalmente nos de metabolismo complexo.

Apesar disso, algumas substâncias não se misturam bem com a água, entre elas os óleos, podendo ser classificadas como insolúveis e, em alguns casos, hidrofóbicas. As membranas celulares, compostas por lipídios e proteínas, levam vantagem das propriedades hidrofóbicas para controlar as interações entre os seus conteúdos e o meio externo.

ü  As estações de tratamento da água

Muitas casas das grandes cidades recebem água encanada, vinda de rios ou represas. Essa água é submetida a tratamentos especiais para eliminar as impurezas e os micróbios que prejudicam a saúde.

Primeiramente, a água do rio ou da represa é levada através de canos grossos, chamados adutoras, para estações de tratamento de água. Depois de purificada, a água é levada para grandes reservatórios e daí é distribuída para as casas.

Na estação de tratamento, a água passa por tanques de cimento e recebe produtos como o sulfato de alumínio e o hidróxido de cálcio (cal hidratada). Essas substâncias fazem as partículas finas de areia e de argila presentes na água se juntarem, formando partículas maiores, os flocos. Esse processo é chamado floculação. Como essas partículas são maiores e mais pesadas, elas vão se depositando aos poucos no fundo de outro tanque, o tanque de decantação. Desse modo, algumas impurezas sólidas da água ficam retidas.

Após algumas horas no tanque de decantação, a água que fica por cima das impurezas, e que está mais limpa, passa por um filtro formado por várias camadas de pequenas pedras (cascalho) e areias. À medida que a água vai passando pelo filtro, as partículas de areia ou de argila que não se depositaram vão ficando presas nos espaços entre os grãos de areia. Parte dos micróbios também fica presa nos filtros. É a etapa conhecida como filtração.

Mas nem todos os micróbios que podem causar doenças se depositam no fundo do tanque ou são retidos pelo filtro. Por isso, a água recebe produtos contendo o elemento cloro, que mata os micróbios (cloração), e o flúor, um mineral importante para a formação dos dentes.

A água é então levada através de encanamentos subterrâneos para as casas ou os edifícios.

Mesmo quem recebe água da estação de tratamento deve filtrá-la para o consumo. Isso porque pode haver contaminação nas caixas d'água dos edifícios ou das casas ou infiltrações nos canos. As caixas-d'água devem ficar sempre bem tampadas e ser limpas pelo menos a cada seis meses. Além disso, em certas épocas, quando o risco de doenças transmitidas pela água aumenta, é necessário tomar cuidados adicionais.

ü  A poluição e Contaminação

A poluição da água prejudica o seu uso, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, higiene pessoal, lavagem de roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação agrícola. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de micro-organismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da recolha nos rios até à chegada nas residências urbanas ou rurais. A água é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez micro-organismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifoide, hepatite, leptospirose, poliomielite). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve evitar-se sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais ou sedimentos provenientes da erosão.

Sobre a contaminação agrícola há a considerar os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, que envia grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No primeiro caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que é tóxico quando a concetração é elevada. Isso também afeta as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que são impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.
Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas podem ser sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. As impurezas geradas pelas cidades, como resíduos, entulhos e produtos tóxicos são carregados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos podem carregar poluentes orgânicos que, em pequena quantidade, são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos. As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de

terça-feira, 22 de março de 2011

Jefferson Ribeiro Dias

                             "Gosto mais dos sonhos do futuro que da história do passado."